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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Região de Tombali mantém esperança nos dias de manhã

A Região de Tombali fica situada no Sul da Guiné-Bissau à 293 km, da capital, Bissau, tem uma superfície de 3.736 km2, com uma população estimada em 102.482 habitantes e faz fronteira a sul com a República da Guiné-Conakry.
Está-se a referir uma região que há tempos era tido como o celeiro nacional, mas devido várias razões Tombali está-se a perder essa fama, devido a fuga da boa parte dos jovens do campo para as cidades e da diminuição da pluviosidade, obrigando os grandes lavradores, com idades avançados, a trocarem a cultura de arroz com a de cajueiros.
Do ponto de vista biológico e turístico, Tombali dispõe de uma enorme importância, a nível da diversidade da fauna e da flora. Tem uma imensa e densa floresta húmidas, onde se pode destacar sobretudo as essências tais como o "pau" miséria (Anisophyllea laurinal mampataz (parinari excelsa) "pau" veludo (dialium guineense) a tagarra (alstonia congensis) a farroba de "Iala" (albizia gummifera) e outras.
A área conta ainda com uma forte presença de florestas do mangal sobretudo a leste e ao sudoeste de Cabedu, palmeiras de óleo de palma em maciços não desbravados, bem como palmeiras de tara, laias ("bas-fonds") de água doce e de água salgada.
Mas devido a falta de estrada para aproximação destas potencialidade aos turistas, tornou-se aquela região numa potencialidade baldia e afastada da lista de prioridades, a nível das regiões da Guiné-Bissau.
A este respeito, o repórter do jornal Nô Pintcha efectuou uma viagem de reconhecimento a região, ao nível do sector agrário, onde mantive uma conversa com o director Regional da Agricultura que na sua opinião a natureza e os próprios camponeses não têm colaborados, nos últimos anos, para a manutenção da fama que a região tinha.
Mamadú Camará lembrou que a Região de Tombali era a grande potencial nacional, em termos da produção do arroz, mas devido a falta de mão de obras e da redução da chuva, que se verificou nos últimos anos, Tombali perdeu bastantemente aquela reputação.
O engenheiro agrónomo afirmou que também os camponeses não colaboram, porque segundo ele, os agricultores não acatam as orientações por eles, em colaboração com os serviços metrológicos dão regularmente.
Em relação à colheita, engenheiro Camará admitiu ser bastante satisfatória, embora referiu que houve momento em que a chuva reduziu bruscamente, num período de 15 dias, provocando alguns danos e alarmes aos camponeses.
Não obstante, referindo-se aos dados estatísticos da Direcção Regional da Agricultura, Mamadú Camará avisa que o presente ano agrícola poderá ser pior do que o ano passado.
Para contornar a tendência, este responsável disse ter aconselhado os agricultores para diversificarem a produção, sobretudo nos finais da chuva, cultivando mandiocas, feijão e batata-doce.
Ele lembrou que a diversificação da produção é uma mais-valia, porque segundo ele, a produção do arroz de mangrofe implica um trabalho muito duro, porque exige a renovação do dique de cintura, caso contrário a água mar pode invadir a cultura. No que concerne à diversificação da cultura, o director regional disse que a sua instituição beneficiou do FAO sementes do feijão, da batata-doce e do arroz de bas-fonds. Por outro lado, assegurou que, devido às razões acima evocadas, a agricultura não pode progredir enquanto não for mecanizada
“Nos últimos anos, há muitos agricultores que abandonaram o cultivo de arroz em relação ao de caju, pensando que a produção de caju será salvação, quando que não”, referiu acrescentando que a diversificação não deve limitar-se na plantação de cajueiro, mas sim a fruticultura também é uma potencialidade para explorar.
Ele disse que a direcção regional não tem técnicos suficientes para cobrir todos os sectores e nem meios para garantir um bom o funcionamento, aliás afirmou que a magra facturação da venda do chabéus é destinada ao pagamento do pessoal contratado.
Em relação aos técnicos, assegurou que graças ao apoio da direcção regionais e sectoriais da Floresta conseguem atingir e representar em locais em que estes serviços actuam.
No que concerne à conservação e exploração do Centro Agrícola de Catió (Granja) conhecido por DAS, Mamadú Camará disse que é do conhecimento de todos os técnicos e responsáveis ligados ao sector da agricultura que a Região e Tombali dispõe de uma instalação incontornável a nível nacional, construído desde 1986.
Para a evitar a rápida degradação o referido património, este responsável informou que decidiram afectar as casas a alguns concidadãos responsáveis que necessitam de alojamento para se cuidarem das casas e conserva-las contra os larápios que já roubaram janelas e portas das casas isoladas.
Ainda sobre o centro, Mamadú Camará disse que a ONG dinamarquês (ADPP) emitiu uma carta para o ministério, solicitando a cedência de duas casas para a criação de um Centro de Formação Profissional Multi-funcional na Região de Tombali, tendo acrescentado que neste âmbito uma delegação chefiada pelo chefe do gabinete do ministro visitou o centro e procedeu ao levantamento do seu estado físico.
Em termo de rodapé, o director regional disse esperar que a Região de Tombali volte aos seus melhores momentos, em que os camponeses vão respeitar com rigor o calendário agrícola e o Governo primará pela mecanização da agricultura como forma de lançar o sector agrário nacional.

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