Powered By Blogger

Acerca de mim

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Reforma do sector de segurança na Guiné Bissau é inadiável, diz ministro

Adelino Mano Queta disse ao Conselho de Segurança que os avanços registados na consolidação da democracia e na construção do estado de direito não podem ser postos permanentemente em questão; ele afirmou ainda que o país precisa de uma força armada republicana e moderna.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau disse que o seu país vive actualmente um momento crucial em que a esperança e expectativas legítimas do povo guineense não podem ser constantemente adiadas.

Adelino Mano Queta falava esta quinta-feira em Nova Iorque numa reunião do Conselho de Segurança sobre os últimos desenvolvimentos naquele país da África Ocidental.

Ele disse que os avanços registados na consolidação da democracia e na construção do estado de direito não podem ser postos permanentemente em questão. O ministro guineense disse ao conselho que as autoridades do seu país tinham a consciência disso.

"Temos plena consciência que o tempo já chegou para nós os guineenses assumirmos as nossas responsabilidades e decidirmos uma vez por todas para virar a página e criar as condições propícias para uma paz duradoira e progresso para o bem estar do nosso povo", afirmou.

Adelino Mano Queta disse também que as autoridades da Guiné consideram fundamental e inadiável a reforma do sector de defesa e segurança.

"Temos a plena consciência que a Guiné-Bissau precisa de uma força armada republicana, moderna e consciente do seu importante papel na consolidação de um estado de direito", disse.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau reiterou ainda a determinação do seu governo em continuar a lutar, sem tréguas, contra o narcotráfico no país e na sub-região.

15-07-2010 16:23

Guiné-Bissau
Lançada campanha para diminuir mortalidade materna no país


Bissau- O governo da Guiné-Bissau e várias agências das Nações Unidas lançaram hoje (quinta-feira) na capital guineense a campanha "Dar Vida Sem Morrer" para acelerar a redução da mortalidade materna no país.

A campanha vai decorrer até Dezembro de 2010 e tem como principal objectivo, envolver e mobilizar os principais decisores guineenses na melhoria da saúde materna e infantil no país.

Na Guiné-Bissau morrem 55 em cada 1000 nados vivos e uma em cada 19 mulheres morre durante o parto.

Para o director-geral da Saúde do país, Umaro Ba, o lançamento da campanha "é muito importante para o governo".

"A Guiné-Bissau não foge à regra e aderiu (à campanha) para sincronizar esforços e energias, com vista a reduzir a mortalidade materno-infantil cinco porcento por ano para, em 2015, estarmos muito perto de atingir aquela meta de Desenvolvimento do Milénio".

Questionado sobre quais são as principais dificuldades para cumprir aquele objectivo, Umaro Bá explicou que estas estão relacionadas com um "grande défice de recursos humanos e com a distribuição das infra-estruturas de saúde a nível das regiões e, por outro lado, com a própria cultura".

Mais de 55 porcento da população guineense é feminina e regista a mais alta taxa de analfabetismo, mais de 70 porcento", disse.

Sublinhou que o casamento precoce, os tabus tradicionais e o próprio estatuto da mulher na sociedade, que não lhe permite tomar decisões em relação à matéria da saúde reprodutiva, tem dificultado também o processo para se atingir os objectivos.

"Temos progredido de uma forma muito lenta, cerca de um porcento por ano", concluiu.

Uma das protagonistas na mobilização de recursos para melhorar as condições de saúde das mulheres na Guiné-Bissau tem sido a apresentadora de televisão portuguesa e actriz Catarina Furtado.

Como embaixadora da Boa Vontade do Fundo da ONU para a População, Catarina Furtado tem liderado a campanha "Dar Vida Sem Morrer" no país.

15-07-2010 16:25

Guiné-Bissau
Ministério Público ordena detenção de polícia suspeito de matar cidadão


Bissau - O Ministério Público guineense ordenou hoje (quinta-feira) a detenção preventiva de um agente da polícia suspeito de ter espancado até à morte, um popular no bairro de Bandim, subúrbios de Bissau, disse a Lusa fonte judicial.

Segundo a mesma fonte, além da detenção do agente suspeito, o Ministério Público decretou a suspensão preventiva de todos os elementos da corporação que estavam de serviço no dia em que o popular foi espancado, sob a justificação de terem incorrido em crime de omissão ou convivência com um acto doloso.

O comandante da corporação foi também suspenso de funções, por ordens do Ministério Público, disse a fonte.

Na passada segunda feira, os familiares de um jovem morador do bairro de Bandim, denunciaram que a polícia daquela esquadra teria espancado o jovem que viria a falecer dias depois na sequência da tareia.

O Ministério Público pretende agora apurar todas responsabilidades, mas, de imediato ordenou a suspensão dos agentes que se encontravam de serviço no dia do incidente, bem como a detenção do agente suspeito, com base nas denúncias feitas pelos familiares da vítima.

"A intenção é combater, cada vez mais, a impunidade neste país, seja ela entre os cidadãos ou mesmo dos agentes do Estado contra os civis", defendeu a fonte do Ministério Público.

A Liga dos Direitos Humanos apelou a actuação do Ministério Público lembrando que situações do género já aconteceram "variadíssimas vezes" na esquadra de Bandim, considerando a corporação um "autêntico campo de tortura contra os cidadãos".

Este caso aconteceu dias depois de um grupo de soldados terem agredido violentamente cinco agentes da polícia de trânsito em plena via pública, sendo que quatro das vítimas ainda hospitalizadas, são mulheres.