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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Reunião de oficiais sobre força estrangeira

Os oficiais superiores do exército da Guiné-Bissau iniciaram hoje (quarta-feira), em Bissau, uma reunião para se pronunciarem sobre a presença no país de uma força estrangeira desejada pelo governo, soube-se junto do Estado-maior do exército.

A decisão destes oficiais superiores, postos sob a autoridade do chefe de Estado-maior general do exército, o general Antonio Injai, será "submetida ao poder civil para ser seguidamente divulgada à opinião nacional e internacional", indicou à AFP o Estado-maior.

O governo de Bissau aceitou a presença de uma missão estrangeira para estabilizar este país afectado por uma instabilidade política e militar crónica, havia anunciado segunda-feira Soares Sambu, porta-voz do Conselho nacional da Defesa, ligado ao gabinete do presidente da República, Malam Bacaï Sanha.

"Trata-se de uma missão de estabilização e não de uma força como tal. Esta missão será composta de elementos da Comunidade económica dos Estados da África do oeste (CEDEAO), da Comunidade dos países de língua portuguesa (CPLP) e da União Africana (UA) ", precisou Sambu.

Segundo uma fonte próxima da representação da CPLP em Bissau, esta missão estrangeira será sobretudo "dissuasiva" tendo por objectivo "garantir a segurança das autoridades (civis) e parar com os sobressaltos político-militares, bem como desencorajar os golpes de Estado e apoiar as reformas no exército e nas forças de segurança".

Terá igualmente por missão "lutar contra o narcotráfico" que afecta a Guiné-Bissau, tornada nestes últimos anos numa das principais placas rotativas do tráfico de droga na África do oeste, de acordo com esta fonte.

O número de elementos dessa missão assim como o lugar onde será estabelecida na Guiné-Bissau continua ainda desconhecido.

A Guiné-Bissau, ex-colónia portuguesa independente desde 1974, é regularmente atingida por ciclos de violência política e militar nos quais o exército desempenha um papel importante.

O antecessor de Sanha, eleito em Julho de 2009, João Bernardo Vieira, foi assassinado por militares em Abril de 2009.

A 01 Abril de 2010, o general Antonio Indjai havia derrubado o chefe de Estado-maior general do exército, José Zamora Induta, e capturado o primeiro-ministro que havia sido ameaçado de morte.

Brasil entrega ao PAM 90 mil toneladas de alimentos para crianças

Bissau - A embaixada do Brasil na Guiné-Bissau entregou hoje (quarta-feira) ao Programa Alimentar Mundial (PAM) 90 mil toneladas de alimentos para crianças em idade escolar, disse o representante daquele organismo internacional, Pedro Figueiredo.

Segundo Pedro Figueiredo, o donativo, constituído por farinha de milho e soja enriquecida, está orçado em cerca de 100 mil dólares e vai ajudar a alimentar pelo menos 30 mil crianças durante um mês.

"Esta ajuda alimentar servirá como incentivo, para que os pais enviem os filhos à escola (...), sobretudo as raparigas", deverá contribuir também para a diminuição da taxa de abandono escolar, referiu o responsável do PAM, na cerimónia de recepção formal do donativo.

A ajuda brasileira destina-se ao programa Cantina Escolar que o PAM coordena, e que permite ao governo guineense dar alimentos às crianças, motivando-as, desta forma a frequentarem a escola.
Presença de militares estrangeiros é possibilidade a estudar, diz Xanana Gusmão
- 3-Aug-2010 - 11:41


O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, que é simultaneamente ministro da Defesa, admitiu hoje que militares timorenses possam vir a integrar uma futura força de estabilização na Guiné-Bissau.


“Vamos estudar essas possibilidades. É nosso dever ajudar os países irmãos, mas ainda vamos estudar”, declarou Xanana Gusmão.

Foi com um lacónico “vamos ver”, que o Presidente da República, José Ramos-Horta, comentou a possibilidade de Timor-Leste vir a integrar uma força internacional, salientando que a decisão de a receber cabe às autoridades guineenses.

“É uma prerrogativa do governo soberano da Guiné-Bissau. Se eles desejam uma força das Nações Unidas, espero que a ONU responda que sim”, disse.

O general Matan Ruak, Chefe do Estado Maior das Forças de Defesa de Timor-Leste (FALINTIL-FDTL), questionado pela Lusa, escusou-se a tecer considerações.

“É um problema que não me compete a mim comentar. Os guineenses saberão qual é a melhor forma de resolverem os seus problemas, assim como os timorenses, que têm os seus próprios problemas”, limitou-se a dizer.

As autoridades políticas e militares da Guiné-Bissau concordaram com o princípio da presença de uma força de estabilização, anunciou domingo em Bissau um porta-voz da presidência guineense.

Em declarações à imprensa, à saída de uma reunião do Conselho de Defesa Nacional guineense, presidida pelo Presidente Malam Bacai Sanhá, o porta-voz Soares Sambu afirmou que essa decisão havia sido tomada e que seriam agora iniciadas as formalidades necessárias.

Segundo Soares Sambu, a aceitação da futura força vem na sequência dos apelos nesse sentido feitos à Guiné-Bissau nas recentes cimeiras de chefes de Estado e governo realizadas na cidade de Sal, Cabo Verde, na cimeira da CPLP que se realizou em Luanda, Angola, e as decisões da cimeira da União Africana, q

De acordo com o representante do PAM, esta organização internacional fornece atualmente ajuda alimentar a 122 mil alunos do ensino básico, dispersos por cerca de 800 escolas da Guiné-Bissau.

Além da baixa frequência escolar, sobretudo, nas comunidades rurais guineenses, as crianças tendem a faltar às aulas durante o período da comercialização da castanha de caju (principal produto de exportação do país), na época da campanha agrícola.

Nos últimos anos, e com ajuda do programa Cantina Escolar, o PAM, a Unicef e o governo guineense estão a conseguir reduzir a taxa de insucesso escolar das crianças.