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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Bissau, 11 jun (Lusa) – As mulheres da Guiné-Bissau exortaram hoje as autoridades do país a ratificarem o tratado de adesão ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para que “os sucessivos casos de violações dos direitos humanos e impunidade possam ser julgados” naquela instância.

O apelo das mulheres está contida numa carta denominada “As perspectivas das mulheres sobre a resolução de conflitos”, hoje entregue ao representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba.

Na carta, que Mutaboba promete levar às instâncias superiores das Nações Unidas, as mulheres guineenses construtoras da paz e líderes de opinião, defendem ainda uma maior participação feminina nos programas de reformas em curso no país, nomeadamente ao nível do setor da Defesa e Segurança.

As mulheres defendem ser necessário que elas se “apropriem de todo o processo” das reformas, de forma a emprestarem a “sensibilidade e o equilíbrio” feminino, chamando desde já a atenção para a importância da questão do género ser levada em conta na composição das novas forças de defesa e segurança.

Apelam também para que sejam chamadas a participar nos programas de sensibilização nas escolas, nos bairros, nas aldeias e nas zonas urbanas, sobre os valores da paz e do diálogo na Guiné-Bissau.

As mulheres querem ver criada no país uma comissão mais ampla, que promova um verdadeiro diálogo nacional que inclua todos os grupos e sensibilidades, que sejam introduzidas nas escolas matérias sobre a igualdade do género, paz, cidadania e direitos humanos.

Respondendo às preocupações das mulheres construtoras da paz, o representante do secretário-geral das Nações Unidas afirmou que todas as questões levantadas “são pertinentes” e que a ONU iria levá-las em conta daqui para frente.

“A paz sustentável só é possível com a plena participação das mulheres”, defendeu Joseph Mutaboba.

Entre as mulheres presentes no encontro com o representante do secretário-geral da ONU destacam-se as ministras da Presidência do Conselho de Ministros, Adiatu Nandigna, a ministra do Interior, Satu Camara, a ministra da Solidariedade e Familia, Lurdes Vaz e as antigas ministras dos Negócios Estrangeiros Filomena Tipote e Fatumata Djau Baldé

MB.