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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Lizzie tem de comer de 15 em 15 minutos para manter-se viva

Lizzie Velasquez tem 21 anos, mede 1,57 metros e pesa cerca de 26 quilos. Por dia, faz mais de 60 pequenas refeições altamente calóricas, mas sofre de um síndrome que a impede de ganhar massa gorda. (Ver vídeo no fim do texto)

Mulher come de 1Aos 21 anos a norte-americana Lizzie Velasquez pesa apenas 30 quilos. Não é anoréctica nem tem a mania das dietas. Os alimentos preferidos até são donuts, pizza e batatas fritas. Tem sim uma síndrome rara que não permite ganhar gordura corporal.

De acordo com a BBC esta condição, até hoje não diagnosticada, será partilhada apenas por mais duas pessoas no mundo.

Lizzie tem 0 por cento de gordura corporal, uma aparência frágil e um sistema imunológico mais fraco do que o de uma pessoa comum. No entanto leva uma vida praticamente normal.

«Já visitei vários médicos diferentes durante toda a minha vida e, simplesmente, não há respostas», explica Lizzie, que também é cega de um olho e tem dificuldades de visão no outro.

«Eu como tudo o que quero o dia inteiro e simplesmente não consigo ganhar peso. A síndrome é muito intrigante porque tem características de diferentes síndromes, mas não chega ao ponto em que posso ser diagnosticada com nenhuma delas», lamenta.

Há várias pistas, mas nenhuma confirmada a 100 por cento: «por exemplo, uma delas é a progeria (síndrome da velhice precoce). Eu tenho várias das características físicas das crianças com progeria, como o nariz aquilino, a boca pequena e a pele com aparência envelhecida», acrescentado que «a diferença é que a progeria é uma doença terminal e tem muito mais complicações. Só tenho as características que listei da doença».

Segundo o Daily Telegraph, Lizzie tem que comer a cada 15 minutos e consumir entre 5 mil e 8 mil calorias por dia, na tentativa de manter o peso.

Lizzie Velasquez nasceu um mês antes do previsto, pesava um quilo e teve cuidados intensivos durante seis semanas.

«Ela cabia na palma da minha mão», conta a mãe. «Sabíamos que havia algo errado porque a sua pele era translúcida e conseguíamos ver as veias».

Os médicos disseram que a menina provavelmente não conseguiria andar, gatinhar, falar ou até pensar. Mas a verdade é que os órgãos desenvolveram-se normalmente e Lizzie seguiu uma vida normal, apesar de algumas cirurgias e dos olhares curiosos.

Hoje estuda na universidade e dá palestras onde fala sobre bullying, aparência física e sonhos.

«Se eu consegui chegar até aqui com minha aparência, todos conseguem», diz.

Veja a história de Lizzie: 5 em 15 minutos mas não passa dos 30 quilos

Secretário Geral ONU frisa importância vital da reforma do sector da segurança



O gabinete do secretário geral das Nações Unidas reagiu hoje à nomeação de António Indjai como líder das Forças Armadas guineenses manifestando disposição para “colaborar”, mas frisando a importância “vital” da reforma do sector de segurança no país.


“O nosso objectivo é assegurar a colaboração de todas as partes interessadas, incluindo a liderança militar, no esforço continuado da nossa missão de consolidação de paz, que tem como caraterística central a introdução de reformas vitais no sector de segurança”, refere o gabinete do porta-voz do secretário geral da ONU em nota enviada à Imprensa em Nova Iorque.

Esta foi a primeira reacção oficial da ONU à escolha de Indjai, que veio contrariar a pretensão da Comissão para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, encabeçada pela missão do Brasil junto das Nações Unidas.

Esta defendia a nomeação de alguém que não tivesse qualquer ligação à tentativa de golpe de 1 de Abril e pedia um tratamento justo para o ex-chefe de Estado Maior, Zamora Induta.

Na nota, o gabinete do secretário geral sublinha que “toma nota” da nomeação e adianta que o representante especial na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba está actualmente em consultas sobre os próximos passos a dar.

“Particularmente [em consultas] no que diz respeito à reforma do sector de segurança, lidar com a impunidade, restaurar o respeito pela lei e fortalecer a governação democrática”, refere o gabinete de Ban Ki-moon.

Até quarta-feira será apresentado o relatório do secretário geral ao Conselho de Segurança sobre a Guiné-Bissau, que será apresentado na próxima semana em Nova Iorque pelo chefe da Missão Integrada em Bissau, Joseph Mutaboba.

Depois da tentativa de golpe de Abril, a nomeação de Indjai torna ainda mais difícil a realização da reunião internacional de alto nível para a reforma do sector de segurança na Guiné-Bissau, segundo admitem fontes da Comissão.

Nos próximos dias terá lugar em Nova Iorque uma reunião dos embaixadores dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa junto das Nações Unidas, e admite-se ainda que venha a ser convocada uma reunião de emergência da Comissão.

A nomeação de António Indjai como líder das Forças Armadas da Guiné-Bissau surpreendeu elementos da Comissão para a Consolidação da Paz, e veio levantar dúvidas sobre a independência do governo face ao poder militar.

A Comissão escreveu ao ministro dos Negócios Estrangeiros guineense duas semanas depois da tentativa de golpe de 1 de Abril, pedindo que o novo chefe de Estado maior fosse alguém que não estivesse ligado à sublevação, mas Indjai foi dos principais actores da mesma.

A carta, em que apelava ainda ao governo guineense para que fosse dado um tratamento justo ao ex-chefe de Estado, o detido Zamora Induta, mereceu uma resposta de Bissau considerada “positiva” pela Comissão, em que inclusivamente era pedida a continuação do apoio à estabilização do país.

Bissau - O novo chefe do estado-maior, o general António Indjai, foi investido hoje (terça-feira), numa cerimónia que contou com a ausência de diplomatas ocidentais ou representantes da comunidade internacional, noticiou a AFP.


Na cerimónia apenas o embaixador do Senegal e o representante da Comunidade económica dos Estados da África do oeste (Cedeao) estiveram presentes, segundo a AFP.


"Tomamos a decisão de maneira soberana de nomear o general Indjai a frente do exército, porque a Guiné-Bissau é um país soberano", declarou o presidente Malam Bacai Sanhá . " Falo como presidente democraticamente eleito" (em Julho de 2009), acrescentou, respondendo indirectamente aos que se opõem a esta nomeação.


Dirigindo-se ao novo chefe do estado-maior , o presidente Bacai Sanhá recomendou-o a "privilegiar o diálogo para resolver os problemas nas casernas".


O presidente Sanhá acrescentou: " é preciso que o exército respeite o poder político e a ele se submeta".





segunda-feira, 28 de junho de 2010

segunda-feira, 28 de Junho de 2010 12:22

Guiné-Bissau: Adiada reunião chefes Forças Armadas CEDEAOA reunião extraordinária dos chefes das Forças Armadas da Comunidade dos Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) prevista para hoje e terça feira foi adiada, disse à Lusa fonte militar.
«Ficou adiado por razões logísticas», disse a fonte militar, sem avançar mais pormenores, a não ser que será marcada uma nova data para a reunião.
Durante o encontro, os chefes das Forças Armadas da CEDEAO iriam discutir, à porta fechada, a situação política e de segurança da Guiné-Bissau e ouvir exposições da ONU e da União Europeia sobre a reforma do setor de defesa e segurança.

28-06-2010 18:01Guiné-BissauNomeação de António Indjai como CEMGFA foi "legal"
Cidade da Praia - O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau disse hoje(segunda-feira) em Cabo Verde que a escolha de António Indjai para a chefia das Forças Armadas guineenses foi "legal", uma vez que, defendeu, "cumpriu todas as formalidades da Constituição".
Adelino Mano Queta, antigo embaixador em Lisboa, falava à Rádio Nacional de Cabo Verde (RCV) momentos após chegar à ilha cabo-verdiana do Sal, onde vai participar, na terça e quarta-feira, na reunião extraordinária do Conselho de Ministros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
"As altas chefias militares se reúnem e escolhem entre si as pessoas que pensam possuir todas as condições. O Governo se debruça sobre as propostas apresentadas e submete a escolha ao Presidente da República. Portanto, todos os trâmites constitucionais foram respeitados e foram cumpridas todas as formalidades", afirmou.
O chefe da diplomacia guineense respondia às questões dos jornalistas sobre a escolha de António Indjai para o cargo de Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau, opção contrária às exigências da comunidade internacional, nomeadamente aos Estados Unidos e à União Europeia (UE).
Para Adelino Mano Queta, cabe à comunidade internacional "entender a realidade do país".

"A comunidade internacional terá de entender as realidades de cada país. Nós temos as nossas realidades próprias e a comunidade internacional, cedo ou tarde, terá de compreender as que estamos a enfrentar. Foi uma escolha feita dentro dos trâmites da nossa Constituição", afirmou.

Os EUA questionaram o poder do Governo no controlo das Forças Armadas, tendo em conta a "permanência em detenção ilegal do Chefe do Estado-maior das Forcas Armadas, o Almirante José Zamora Induta, legalmente nomeado, bem como de outros oficiais e soldados".

"Se o Governo da Guiné-Bissau nomear um novo Chefe do Estado-maior das Forças Armadas, é imperativo que essa pessoa não tenha estado implicada nos acontecimentos de 01 de Abril e que seja alguém que possa reconquistar a confiança da comunidade internacional", refere o documento.
Por seu lado, a União Europeia condicionou a continuação do apoio à libertação de Zamora Induta, à nomeação das chefias militares, e à apresentação à justiça pelos responsáveis pela intervenção militar de 01 de Abril.

Sobre o que espera da Cimeira da CEDEAO, que acontecerá também na ilha do Sal na próxima sexta-feira, Adelino Mano Queta respondeu que a Guiné-Bissau deseja obter apoios "políticos e financeiros" para a reforma, em curso, do sector da defesa e de segurança.

O ministro dos Negócios Estrangeiros guineense observou que a CEDEAO se tem mostrado "sempre solidária" para com a Guiné-Bissau "nos momentos de crise" e que espera "continuar a contar com esse apoio".
"Há uma série de áreas em que a Guiné-Bissau pode esperar o apoio da comunidade internacional. Neste momento, estamos na fase da reforma do sector da defesa e segurança e esperamos que haja possibilidade de apoio neste domínio. Também temos em vista a preparação de uma mesa redonda para angariação de fundos", concluiu.

28-06-2010 15:55Guiné-BissauAntónio Indjai toma posse terça-feira

Bissau - O major-general António Indjai toma terça-feira oficialmente posse do cargo de chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau, disse hoje (segunda-feira) fonte da presidência guineense.
A cerimónia de tomada de posse vai decorrer nas instalações da presidência em Bissau.
O major-general foi nomeado CEMGFA sexta-feira em decreto presidencial, por proposta do governo guineense.
Um outro decreto do Presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, exonera de funções o antigo chefe das Forças Armadas, o almirante Zamora Induta, detido desde 01 de Abril no quartel de Mansoa, na sequência de uma intervenção militar liderada por António Indjai.

CEMG sem implicações tentativa de golpe de Estado
Guiné-Bissau: EUA endurece posição sobre nomeação do novo Chefe de Estado-maior
2010-06-25 18:54:21
Bissau – Os EUA advertiram mais uma vez para a necessidade de nomear um novo Chefe de Estado-Maior das Forcas Armadas, sem implicações na última tentativa de golpe de Estado.
A advertência de Washington foi transmitida esta sexta-feira por Lucy Chang, representante da Embaixada dos EUA na Guiné-Bissau. «Se o Governo da Guiné-Bissau nomear um novo Chefe de Estado-Maior das Forcas Armadas é imperativo que essa pessoa não tenha estado implicada nos acontecimentos de 01 de Abril», lê-se no comunicado. A representante da diplomacia americana na Guiné-Bissau, disse que os EUA continuam indignados pelos indícios de que altos membros das Forças Armadas, bem como do Governo, estão envolvidos no narcotráfico. Para conter a situação, os EUA esperam trabalhar com o Governo guineense a fim de desenraizar os indivíduos em posições de autoridade, que usam os seus poderes e as suas influências para facilitar o tráfico de droga no país. «A recente designação pelo Departamento do Tesouro dos EUA de Ibraima Papa Camara, Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, e de José Américo Bubo Na Tchuto, o ex-Chefe de Estado-Maior da Armada, como barões do narcotráfico é apenas um exemplo dos nossos esforços», sublinha Chang.Para a Administração Obama, a permanência em detenção ilegal do Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, o Almirante José Zamora Induta, legalmente nomeado, bem como outros oficiais e soldados, e o fracasso do Governo em iniciar qualquer processo de investigação a esses actos, levantam questões sobre o poder do Governo no controle das Forças Armadas. Para Washington, não será possível os parceiros internacionais da Guiné-Bissau apoiarem o processo de reforma do sector da Segurança, sem a demonstração clara de que as Forças Armadas respeitam o princípio da submissão ao poder civil, o Estado de Direito e a Democracia.Quase que uma coincidência, o Governo guineense, reunido ontem em Conselho de Ministros, aprovou a proposta da nomeação de um novo Chefe de Estado-Maior General das Forças Armada, cujo nome ainda se desconhece, mas que se trata de um Oficial General.A proposta já foi remetida ao Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, que por outro lado, recebeu do Governo recomendações para que promova diligências no sentido de ser restituída a liberdade ao vice-almirante, José Zamora Induta, em prisão há quase três meses, no aquartelamento de Mansoa, situado há 60 quilómetros de Bissau.Para o Executivo guineense, uma decisão política que ponha em liberdade o antigo Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, poderá ter reflexos nas relações entre as autoridades guineenses e a comunidade internacional, especialmente com os parceiros de desenvolvimento.



Guiné-Bissau: Antonio Indjai nomeado Chefe de Estado-maior

2010-06-25 19:14:22
Bissau – Um decreto presidencial publicado esta sexta-feira nomeou Antonio Indjai como Chefe de Estado-maior General das Forcas Armadas da Guine-Bissau.
Antonio Indjai desempenhava as funções do vice-chefe de Estado-maior general das Forcas armadas. Liderou a revolta militar de 01 de Abril que levou à detenção e afastamento do ex CEMGFA, Jose Zamora Induta, actualmente preso em Mansoa, e «libertou» Américo Bubo Na Tchuto qualificado pela imprensa internacional como o «Almirante da Coca». Uma revolta muito contestada pela Comunidade Internacional que qualificou de uma violação das normas jurídico-constitucionais e teme que o país fique refém dos narcotraficantes que já operaram na região.O novo CEMGFA, Antonio Indjai, terá imediatamente garantir a unidade das forcas armadas, fortemente divididas, e dar seguimento ao processo de reforma da classe castrense.Em comunicado Washington alertara que se o Governo da Guiné-Bissau «nomear um novo Chefe de Estado-Maior das Forcas Armadas é imperativo que essa pessoa não tenha estado implicada nos acontecimentos de 01 de Abril». Para a administração Obama não será possível os parceiros internacionais da Guiné-Bissau apoiarem o processo de reforma do sector da Segurança sem a demonstração clara de que as Forças Armadas respeitam o princípio da submissão ao poder civil, o Estado de Direito e a Democracia.



sexta-feira, 25 de junho de 2010

EUA avisam que as Forças Armadas têm de se submeter ao poder político - 24-Jun-2010 - 22:03 Os EUA avisaram hoje, em comunicado, que poderão não vir a apoiar a processo de reforma do sector da segurança na Guiné-Bissau, enquanto não ficar claro que as Forças Armadas se submetem ao poder político. “É impossível para os EUA contribuir para o processo de reforma da segurança e da defesa se essas pessoas, ou outros implicados no tráfico de estupefacientes, forem nomeados ou permanecerem em postos de responsabilidade nas Forças Armadas”, refere em comunicado a embaixada dos EUA em Dacar, Senegal. Washington vai mais longe, ao sublinhar que é “imperativo” que o chefe das Forças Armadas – que deve ser nomeado em breve pelo Presidente da República, Malam Bacai Sanhá, – não esteja “implicado nos acontecimentos de 1 de Abril”, evocando implicitamente o major-general António Indjai. O chefe do Estado-maior General, o almirante José Zamora Induta, foi afastado e substituído a 1 de abril pelo seu adjunto, o general António Indjai. No mesmo dia, o primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior também foi detido e sequestrado durante várias horas por militares próximos de Indjai. Posição idêntica à dos EUA tem sido defendida pela União Europeia, cujos representantes em Bissau boicotaram hoje uma conferência de sensibilização para a reforma daquele sector organizada pela ONU e pelo governo guineense. A União Europeia suspendeu também o início de uma segunda missão de apoio à reforma do setor de defesa e segurança na sequência dos acontecimentos de 1 de Abril. No documento, a administração norte-americana exprime ainda a sua preocupação perante a manutenção em detenção “ilegal” de Zamora Induta e de outros oficiais e soldados. No documento, os norte-americanos disponibilizam-se, contudo, para trabalhar com o Executivo da Guiné-Bissau para “desalojar” as personalidades que “se servem do seu poder” para facilitar o tráfico de droga no país. No comunicado, a representação diplomática faz saber que os EUA estão “inquietos com as indicações segundo as quais destacados membros das Forças Armadas e do governo civil estão implicados no tráfico de estupefacientes” na Guiné-Bissau. “O governo americano espera trabalhar com as autoridades guineenses para desalojar as pessoas que ocupam funções oficiais e que se servem do seu poder para facilitar o tráfico de estupefacientes”, afirma-se no texto. No início de Maio, o Departamento do Tesouro norte-americano congelou os bens no estrangeiro do ex-chefe de Estado-Maior da Marinha, José Américo Bubo Na Tchuto, e do chefe de Estado-Maior da Força Aérea, Braima Papa Camara, alegando o seu papel significativo no tráfico internacional de estupefacientes. A Guiné-Bissau é considerada como um ponto de trânsito da cocaína sul-americana destinada à Europa. A fraqueza das suas instituições, a grande pobreza e a sua fachada atlântica são factores que facilitam o acesso através de navios ou aviões dos traficantes.
Conselho de Ministros recomenda aa presidente a libertação de Zamora Induta - 25-Jun-2010 - 14:20 O Governo da Guiné-Bissau recomendou ao Presidente, enquanto Comandante Supremo das Forças Armadas, para libertar o antigo chefe das Forças Armadas Zamora Induta, refere um comunicado do Conselho de Ministros, divulgado hoje. “O Conselho de Ministros entendeu recomendar ao Presidente da República, enquanto comandante Supremo das Forças Armadas, que se promovam diligências no sentido de ser restituído à liberdade o almirante Zamora Induta, em regime prisional há quase três meses”, refere o documento. “O Conselho de Ministros está convicto de que uma decisão política que ponha em liberdade o antigo chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas poderá ter reflexos entre as autoridades da Guiné-Bissau e a comunidade internacional, especialmente com os parceiros do desenvolvimento”, salienta. O almirante Zamora Induta foi deposto e detido 1 de Abril na sequência de uma intervenção militar, liderada pelo número dois das chefias militares, major-general António Indjai. Na sequência dos acontecimentos de 1 de Abril, a União Europeia suspendeu o início da nova missão para reforma do sector da defesa e segurança, que tinha como objectivo a aplicação daquele processo. A União Europeia condicionou o seu apoio à reforma e a continuação da ajuda à libertação de Zamora Induta, à nomeação de novas chefias militares e a que os responsáveis pelo 1 de Abril fossem apresentados à justiça. Os EUA avisaram na quinta-feira, em comunicado, que poderão não vir a apoiar a processo de reforma do sector da segurança na Guiné-Bissau, enquanto não ficar claro que as Forças Armadas se submetem ao poder político. “É impossível para os EUA contribuir para o processo de reforma da segurança e da defesa se essas pessoas, ou outros implicados no tráfico de estupefacientes, forem nomeados ou permanecerem em postos de responsabilidade nas Forças Armadas”, refere em comunicado a embaixada dos EUA em Dacar, Senegal. Washington vai mais longe, ao sublinhar que é “imperativo” que o chefe das Forças Armadas – que deve ser nomeado em breve pelo presidente Malam Bacai Sanhá – não esteja “implicado nos acontecimentos de 1 de Abril”, evocando implicitamente o major-general António Indjai. O comunicado do Conselho de Ministros refere também que o primeiro-ministro já entregou o nome de um oficial superior para chefe das Forças Armadas ao Presidente.

Guine bissau

Antonio indjai e o novo chefe do estado maior general das forças armadas guiniense
ele foi nomeado esta sexta feira pelo decreto presidencial numero 39 /2010

Antonio indjai substtui Almirante Zamora induta deposto e detido desde do passado mes de abril .

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Primeiro-Ministro deverá visitar a China em Setembro para aumentar a cooperação
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, deverá visitar a China no próximo mês de Setembro para reforçar a cooperação entre Bissau e Pequim, anunciou hoje o chefe do executivo guineense aos jornalistas. Carlos Gomes Júnior fez este anúncio no âmbito de uma série de visitas realizadas a várias unidades hospitalares da capital guineense, nomeadamente ao novo Hospital Militar em construção pela cooperação chinesa no bairro de Brá. O Hospital Militar, que terá todas as valências médicas, deverá ser inaugurado no próximo mês de Julho, declarou o primeiro-ministro. Carlos Gomes Júnior voltou a agradecer os apoios que a China tem dado à Guiné-Bissau “praticamente em todas as vertentes”. Em relação aos hospitais visitados, o primeiro-ministro guineense prometeu uma melhoria substancial das condições de atendimento aos doentes, nomeadamente ao nível dos serviços da pediatria do Hospital Simão Mendes (hospital de referencia), onde crianças são internadas em condições difíceis. Há situações em que duas ou três crianças ocupam a mesma cama. O chefe do governo de Bissau visitou também as instalações do Hospital Raoul Follerou (tratamento de doentes de SIDA e tuberculose), Hospital 3 de Agosto (laboratório de saúde pública) e antigas instalações do centro de tratamento de doentes mentais e de prótese (danificadas pela guerra civil de 1998/99). Carlos Gomes Júnior disse que as obras de reabilitação dos dois centros serão iniciadas “muito brevemente”.

Internacional Socialista devia ter condenado tentativa de golpe de Estado

Nova Iorque - A Internacional Socialista (IS) devia ter condenado a tentativa de golpe de Estado de 1 de Abril na Guiné-Bissau, cujo Governo é liderado por um partido membro daquela organização, defendeu hoje(segunda-feira), em Nova Iorque o Secretário Internacional do Partido Socialista Português.
José Lello que intervinha perante o Conselho da IS, reunido durante dois dias em Nova Iorque, disse, designadamente, que "a tentativa de golpe partiu de alguns militares influentes com ligações reconhecidas ao narcotráfico".
"É por isso que peço à Internacional Socialista que esteja atenta ao desenrolar dos acontecimentos e para intervir caso seja necessário", acrescentou.
O Governo guineense é liderado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Na sua intervenção, José Lello requereu a aprovação de uma "declaração de apoio" à Guiné-Bissau, "apelando ao regresso pleno à normalidade democrática" e para que o Primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o Presidente Malam Bacai Sanhá "possam exercer sem quaisquer constrangimentos os seus poderes constitucionais, bem como à libertação das personalidades do Estado que foram presas".
"Devemos também apoiar a continuação do combate determinado ao narcotráfico, a reforma urgente do sector da defesa e da segurança e a continuação do apoio e do enquadramento da comunidade internacional à Guiné-Bissau. Fazendo este apelo, estaremos a cumprir a nossa missão", concluiu.
A Guiné-Bissau voltou a viver momentos de instabilidade no passado dia 1 de Abril, devido a uma intervenção militar que culminou com a deposição e detenção do almirante Zamora Induta, chefe das Forças Armadas.
O Primeiro-ministro guineense também foi detido, mas acabou por ser libertado horas mais tarde.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), chefiada por Paulo Drummond, vai estar na Guiné-Bissau entre quinta feira e o próximo dia 25 para contactos com as autoridades, anunciou hoje o Ministério das Finanças guineense. Durante a sua estada em Bissau, o FMI vai realizar dois seminários destinados a membros do Governo, doadores, organizações não-governamentais, sector privado e sindicatos sobre o apoio ao programa económico do Governo e a iniciativa HIPC (sigla inglesa para os países pobres altamente endividados). Além dos dois seminários, que se vão realizar na terça e na quarta-feira, o Ministério das Finanças vai também fazer uma apresentação pública das conclusões da missão do FMI no dia 25. Em Maio, o FMI aprovou um apoio de 33,3 milhões de dólares (cerca de 26 milhões de euros) ao programa económico do Governo da Guiné-Bissau para os próximos três anos, que, se tiver sucesso, significará um perdão de dívida. A administração do FMI, reunida em Washington, aprovou ainda o pagamento de uma segunda tranche de ajuda, no valor de 1,5 milhões de dólares, ao abrigo do programa de apoio a países altamente endividados (HIPC). A aprovação do programa de apoio, designado ECF, estava prevista para o início de Abril, mas foi adiada devido à desestabilização política registada naquela data em Bissau, com a detenção de alguns militares e políticos. No âmbito do programa, o Governo prevê reformas na administração pública, no sector da defesa e segurança e na criação de melhorias de investimento para o setor privado. A dívida externa da Guiné-Bissau está calculada em mais de 1,5 mil milhões de dólares e desde 2001 que o país tem tentado, sem êxito, cumprir com os critérios para que possa beneficiar de um perdão.
FMI em mais uma missão técnica, depois de aprovar apoio ao Governo
Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), chefiada por Paulo Drummond, vai estar na Guiné-Bissau entre quinta feira e o próximo dia 25 para contactos com as autoridades, anunciou hoje o Ministério das Finanças guineense. Durante a sua estada em Bissau, o FMI vai realizar dois seminários destinados a membros do Governo, doadores, organizações não-governamentais, sector privado e sindicatos sobre o apoio ao programa económico do Governo e a iniciativa HIPC (sigla inglesa para os países pobres altamente endividados). Além dos dois seminários, que se vão realizar na terça e na quarta-feira, o Ministério das Finanças vai também fazer uma apresentação pública das conclusões da missão do FMI no dia 25. Em Maio, o FMI aprovou um apoio de 33,3 milhões de dólares (cerca de 26 milhões de euros) ao programa económico do Governo da Guiné-Bissau para os próximos três anos, que, se tiver sucesso, significará um perdão de dívida. A administração do FMI, reunida em Washington, aprovou ainda o pagamento de uma segunda tranche de ajuda, no valor de 1,5 milhões de dólares, ao abrigo do programa de apoio a países altamente endividados (HIPC). A aprovação do programa de apoio, designado ECF, estava prevista para o início de Abril, mas foi adiada devido à desestabilização política registada naquela data em Bissau, com a detenção de alguns militares e políticos. No âmbito do programa, o Governo prevê reformas na administração pública, no sector da defesa e segurança e na criação de melhorias de investimento para o setor privado. A dívida externa da Guiné-Bissau está calculada em mais de 1,5 mil milhões de dólares e desde 2001 que o país tem tentado, sem êxito, cumprir com os critérios para que possa beneficiar de um perdão.
Luís Amado rejeita risco de diminuição do apoio internacional
Lisboa - O ministro dos Negócios Estrangeiros português, Luís Amado, rejeitou hoje o risco de uma diminuição do apoio internacional à Guiné-Bissau, considerando haver na comunidade internacional uma expectativa de normalização da situação política naquele país.
"O processo de instabilidade da Guiné-Bissau prolonga-se há muitos anos e, portanto, não será nenhum problema", disse Luís Amado, acrescentando que nos últimos meses, e apesar da instabilidade, "tem havido missões a irem a Bissau" e as organizações internacionais "têm mantido o acompanhamento dos seus interesses" no país.
O ministro, que falava aos jornalistas após uma reunião com a Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, considerou que "há uma expectativa em relação à normalização interna", que "passa muito pela acção que tem de ser assumida pelo governo e pelo presidente da República para normalizar definitivamente a situação política interna nos termos da Constituição e da lei".
Amado referiu-se à necessidade de um "entendimento entre as várias instituições do Estado" guineense, mas sublinhou que "o presidente da República está a exercer as suas funções legitimamente", assim como "o presidente do governo e o governo".
"Esperamos que a normalização da situação se processe, para que a Guiné-Bissau possa ter uma relação estável, de acordo também com os seus interesses, com a comunidade internacional", disse.
A Guiné-Bissau voltou a viver momentos de instabilidade no passado 01de Abril, com uma intervenção militar que culminou com a deposição e detenção do almirante Zamora Induta, chefe das Forças Armadas.
O primeiro ministro guineense também foi detido, mas acabou por ser libertado horas mais tarde.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Criança de 14 anos morta por recusar casamento forçado
Bissau - Uma menina de 14 anos, que recusou casar-se com um homem escolhido pelo pai, acabou por ser morta depois de ter sido espancada por várias pessoas, que continuam livres e sem sofrerem as consequências.
"Aconteceu no sul da Guiné-Bissau, em Catió, e essa menina, de 14 anos, foi forçada a casar-se com um homem de 70 anos, como ela não queria, o pai obrigou as pessoas a prenderem a menina", contou à Agência Lusa o pastor Caetano, da igreja evangélica.
Esta é uma das realidades que crianças guineenses têm de enfrentar quando se assinala, na quarta feira, mais um Dia da Criança Africana.
"A menina foi torturada de tal maneira para aceitar o casamento forçado, ela foi resistindo porque não queria casar, e com tanto açoite não aguentou e morreu", lembrou, constrangido, o pastor, que actualmente recolhe em sua casa, em Bissau, nove meninas que fugiram ao casamento.
Questionado sobre o que aconteceu às pessoas que espancaram a menina, o pastor disse: "Nada aconteceu, infelizmente. Lá estão livres. É lamentável".
"Esta situação é complicada. Nós denunciámos a situação junto das autoridades competentes e nada aconteceu até hoje. As meninas continuam a fugir e antes de ontem (domingo) chegaram mais três", salientou o pastor Caetano.
Um choque cultural que está a abalar as sociedades tradicionais guineenses, principalmente a velha tradição de oferecer as filhas ou sobrinhas em casamento, em troca de um dote antecipado ou por serviços prestados.
"Nesta época, as meninas não consentem esse tipo de casamento", explicou o pastor.
Para a manter a tradição, os pais impedem as meninas estudar, porque aceitam os homens, explicou o pastor.
"Acham que é uma questão cultural e que a essa questão cultural deve ser dado espaço ainda que venha a prejudicar os interesses de particulares, nomeadamente das meninas que estão sendo maltratadas por causa desta situação", salientou.
Para o pastor e advogado, o "Estado não move uma palha" e "deixa tudo no esquecimento".
"Muitos que defendem essa questão cultural, vivem aqui em Bissau, são pessoas cultas e não levam os seus filhos para aquelas práticas, porque defendem isto?", questionou o pastor.
"Aqui em Bissau, defendem essa ideia porque não são os seus filhos a serem dados em casamento forçado, se fossem os seus filhos tenho a certeza que não fariam isso", lamentou.
O Dia da Criança Africana foi instituído em 1991 pela então Organização da Unidade Africana (OUA) -- substituída pela União Africana (UA) em 2002 -, em homenagem ao massacre de estudantes no Soweto (África do Sul) durante uma manifestação em 1976 de protesto contra a introdução da língua "afrikaans" no ensino.
Cristiano Ronaldo eleito "Homem do Jogo"
Por RedacçãoO capitão da Selecção portuguesa, Cristiano Ronaldo, foi esta tarde eleito "Homem do Jogo" na partida entre Portugal e a Costa do Marfim.Numa votação levada a cabo no site da FIFA, os cibernautas distinguiram o português, que na primeira parte enviou a bola ao poste de baliza de Boubacar Barry.Com três remates (um à baliza), um desarme sofrido, cinco faltas sofridas, 35 passes feitos (21 certos), Cristiano Ronaldo correu 9.577 metros durante a partida.
17:05 - 15-06-2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Bissau, 11 jun (Lusa) – As mulheres da Guiné-Bissau exortaram hoje as autoridades do país a ratificarem o tratado de adesão ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para que “os sucessivos casos de violações dos direitos humanos e impunidade possam ser julgados” naquela instância.

O apelo das mulheres está contida numa carta denominada “As perspectivas das mulheres sobre a resolução de conflitos”, hoje entregue ao representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba.

Na carta, que Mutaboba promete levar às instâncias superiores das Nações Unidas, as mulheres guineenses construtoras da paz e líderes de opinião, defendem ainda uma maior participação feminina nos programas de reformas em curso no país, nomeadamente ao nível do setor da Defesa e Segurança.

As mulheres defendem ser necessário que elas se “apropriem de todo o processo” das reformas, de forma a emprestarem a “sensibilidade e o equilíbrio” feminino, chamando desde já a atenção para a importância da questão do género ser levada em conta na composição das novas forças de defesa e segurança.

Apelam também para que sejam chamadas a participar nos programas de sensibilização nas escolas, nos bairros, nas aldeias e nas zonas urbanas, sobre os valores da paz e do diálogo na Guiné-Bissau.

As mulheres querem ver criada no país uma comissão mais ampla, que promova um verdadeiro diálogo nacional que inclua todos os grupos e sensibilidades, que sejam introduzidas nas escolas matérias sobre a igualdade do género, paz, cidadania e direitos humanos.

Respondendo às preocupações das mulheres construtoras da paz, o representante do secretário-geral das Nações Unidas afirmou que todas as questões levantadas “são pertinentes” e que a ONU iria levá-las em conta daqui para frente.

“A paz sustentável só é possível com a plena participação das mulheres”, defendeu Joseph Mutaboba.

Entre as mulheres presentes no encontro com o representante do secretário-geral da ONU destacam-se as ministras da Presidência do Conselho de Ministros, Adiatu Nandigna, a ministra do Interior, Satu Camara, a ministra da Solidariedade e Familia, Lurdes Vaz e as antigas ministras dos Negócios Estrangeiros Filomena Tipote e Fatumata Djau Baldé

MB.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Guiné-Bissau: Um poder judicial independente



Opinião
Guiné-Bissau: Um poder judicial independente

2010-06-02 15:58:11
Luanda - Que ânsia é esta que leva um PR a falar dos processos judiciais em curso fora do país a uma revista de renome internacional? Malam tem uma figura de homem pacato, mas acaba por revelar alguma frieza ou ingenuidade extrema perante esta abordagem aos graves problemas que a Guiné atravessa.
A divisão dos poderes parece ser princípio que não vigora, com processos em segredo de justiça a serem sussurrados aos órgãos de comunicação social como se nada fosse! E enquanto por um lado o Procurador-Geral revela pormenores dos crimes que avassalaram o país no ano transacto, indiciando a participação do Primeiro-Ministro e do Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, a Procuradoria Militar arquiva o processo contra Bubo Na Tchuto e revela partes do processo contra Zamora Induta, tentando implicar Carlos Gomes Júnior.Dúvidas levantam-se: haverá verdadeiramente imparcialidade na justiça guineense ou haverá uma estratégia montada para destronar o Primeiro-Ministro? A tentativa feita pelo próprio Procurador-Geral de publicação das ideias fortes da acusação parecem integrar uma forma de pressão para que Carlos Gomes Júnior não regresse ao país, que começaram no dia 01 de Abril quando António Indjai perante as câmaras de televisão e de uma multidão que manifestava o seu apoio a Cadogo o ameaçou de morte.A vontade de criar um governo à sua imagem, parecem levar Malam a conduzir um processo de afastamento com a manutenção de Cadogo no exterior, longe do povo da Guiné, que corajosamente se colocou ao seu lado. A pressão popular poderia inviabilizar qualquer tentativa de derrube do Governo com base em acusações meticulosamente articuladas.Senão, e sem querer apresentar uma defesa de Zamora Induta, vejamos, em que condições se processou o desenrolar deste processo. Apenas tivemos relatos da evolução dos processos às mortes de Nino, Tagmé, Hélder e Baciro a partir de 01 de Abril e estes apenas se basearam nas alegadas confissões de Zamora Induta e Samba Djaló. Homens que se encontram detidos sem acusação formada, sem defensor e sabe se lá em que condições. Ainda ninguém conseguiu contactar com nenhum dos dois, mas a nota forte assenta na falta de apoio médico e em técnicas de interrogatório, no mínimo, abusivas. A ausência de defesa, violação de um direito fundamental, inviabiliza o uso de qualquer destas alegadas «confissões», inibindo o seu uso em sede de qualquer processo-crime.Sem contraditório, não existem relatos de qualquer «investigação», pois os verdadeiros actores daqueles episódios continuam fora de cena. Parece ter havido uma reviravolta súbita na condução dos processos. O Procurador-Geral, que há muito reclamava a falta de condições para conduzir a investigação, em pouco mais de um mês desvenda o mistério de todos os assassinatos recentes no país, curiosamente sem envolver a Polícia Judiciária, cerne de qualquer investigação judicial. Mais caricato ainda é a manutenção da detenção dos alegados autores do assassinato de Tagmé Na Waie, que se encontram detidos desde Março de 2009, com excepção de Alberto Té, libertado recentemente por falta de acusação. A adensar a trama, um conjunto de nomes que se diz ser quem assassinou a Nino Vieira a mando de Zamora mas que o Procurador Geral da República ainda não mandou prender.Será que perante a incredulidade da comunidade internacional, Malam considerou que poderia conquistar alguns apoios ao mostrar «trabalho feito» nas investigações aos crimes da morte do seu predecessor e outros. Escamoteando as suas próprias responsabilidades, Malam continua a dialogar com Indjai. Talvez por receio das armas, o Presidente nada refere publicamente sobre o envolvimento do seu vice-CEMGFA no narcotráfico, mas em diferentes chancelarias africanas terá confirmado a veracidade da confissão de Indjai, apresentando-se como refém do poder militar deste.Bubo, agora um homem livre, prepara terreno para o regresso às funções «na qualidade de Comandante em Chefe das Forças Armadas», conforme declarou o seu advogado. Por seu turno, Indjai parece alheio a tudo arrastando as Forças Armadas atrás de si para um precipício iminente. Paralelamente, parece conseguir manipular todas as figuras do Estado, contando com a colaboração do poder judicial civil e militar na implementação do seu plano. Estes dois homens causam o pânico do país, deixando as elites periclitantes e submissas às suas estratégias, constituindo o principal obstáculo ao retorno da paz à Guiné-Bissau.Rodrigo Nunes
(c) PNN Portuguese News Network

Com nomes de políticos, deputados, militares e empresários EUA vão divulgar lista com 120 nomes de guineenses suspeitos de narcotráfico 2010-05-28 13:03:44 Luanda - Os Estados Unidos da América estarão a ultimar uma lista com 120 nomes de cidadãos guineenses suspeitos de envolvimento no narcotráfico. Esta lista incluirá nomes de políticos, deputados, militares e empresários guineenses que não só verão os seus bens nos EUA congelados, à semelhança de Bubo Na Tchuto e Papa Camará, como também serão objecto de um forte controlo por parte das instituições de combate à criminalidade internacional.
O Luanda Digital conseguiu apurar que uma das empresas visada poderá ser a AFRIPECHE, empresa de pesca e exportação de peixe sedeada em Bissau e gerida por «Bacaizinho», filho do Presidente da República da Guiné-Bissau.
Segundo a investigação realizada, a AFRIPECHE é suspeita de no âmbito das actividades de pesca e distribuição funcionar como agente facilitador do narcotráfico.
O caso poderá ganhar contornos de escândalo em termos da política guineense uma vez que entre os proprietários da empresa está o Presidente da República Malam Bacai Sanhá, que detém uma participação não divulgada na empresa.
Um dos factores que terá levantado as primeiras suspeitas das autoridades norte-americanas terão sido as ligações da empresa às ilhas Canárias, Senegal e Marrocos, importantes portas de entrada de cocaína em território europeu.
Rodrigo Nunes (c) PNN Portuguese News Network


Opinião
Guiné-Bissau: Em nome da Pátria
2010-05-31 15:26:56
Luanda - Carlos Gomes Júnior saiu da Guiné-Bissau passadas três semanas das movimentações militares de 1 de Abril. Cuba, Paris e Lisboa foram os seus destinos e todos hoje em Bissau se perguntam para quando o regresso do líder do Executivo.
Nas últimas semanas, o Primeiro-Ministro guineense tem sido ameaçado de morte, de prisão e de participação nos crimes que mancharam a história recente do país. Mas apesar da intensa pressão interna, Carlos Gomes Júnior mantém-se determinado em regressar ao país e em efectuar uma remodelação governamental.A esta vontade não será indiferente a pressão da Comunidade Internacional, que tal como referiu Mutaboba, o Representante Especial do Secretário Geral das NU na Guiné-Bissau, começa a admitir que «a paciência tem limites». As «crises recorrentes» e o «tom acusatório» usado contra a Comunidade Internacional, tornando-a no bode expiatório de uma crise de origens exclusivamente internas, aceleram este cansaço provocado pela falta de resultados palpáveis no país. Num momento de grave crise financeira mundial, a contínua injecção de verbas europeias num país onde as leis nada parecem significar, começa a despoletar a vontade de adopção de medidas radicais.Os EUA, para além da inclusão dos primeiros nomes guineenses na lista do Departamento do Tesouro, reforçaram já a sua presença militar na sub-região, estreitando parcerias com Cabo Verde no combate marítimo ao narcotráfico. Espanha e França, as principais portas de entrada de droga na Europa, reclamam de Bruxelas por medidas urgentes. Portugal tenta mediar a situação da Guiné-Bissau junto dos parceiros internacionais, fruto dos laços históricos e culturais, apesar de ser directamente afectado pelo narcotráfico proveniente da África Ocidental.A preocupação da Comunidade Internacional ganha novo peso, quando o nome de António Indjai continua a ser ventilado como o mais forte candidato a CEMGFA guineense. Indjai, líder dos revoltosos de 01 de Abril, é associado internacionalmente a dois factores: narcotráfico e insubordinação. É por isso rejeitada qualquer possibilidade do mesmo vir a ocupar um cargo militar de relevo na Guiné-Bissau, a par de Bubo Na Tchuto, num futuro próximo.Carlos Gomes Júnior tem sentido o enorme peso destas pressões, pois é o único interlocutor que a Comunidade Internacional verdadeiramente reconhece. Apesar da legitimidade do Presidente da República Malam Bacai Sanha, as suspeitas que têm vindo a avolumar-se do seu directo envolvimento nos eventos de 01 de Abril, a sua obsessão pelo controlo do Governo e do PAIGC e a sua vontade de agradar a países como o Senegal e Marrocos, mesmo com directo prejuízo dos interesses nacionais da Guiné, têm vindo a refrear as boas intenções de alguns parceiros internacionais. Em um ano de mandato, Malam acabou por sobressair internacionalmente pela negativa, ao procurar criar uma espécie de «governo sombra» com conselheiros para todas as áreas de governo, com vencimentos equivalentes ao de Ministros.A comunidade internacional exige que, para bem do povo guineense, as quesílias pessoais que no passado ditaram o relacionamento entre os dois líderes do PAIGC já há muito deveriam ter sido ultrapassadas. Mas tal parece não ter ainda acontecido e o Presidente Malam, apesar do esforço notório para evitar o derramamento de sangue em 01 de Abril, parece ter uma agenda política própria, que alimenta desconfianças no seio da Comunidade Internacional.Perante a ausência de alternativas viáveis e de uma realidade política subordinada ao receio das armas dos militares, as organizações internacionais começam a considerar a hipótese do envio de uma força de militar de interposição para a Guiné-Bissau, capaz de efectivar uma reforma das Forças Armadas e de garantir a segurança de todos os que tenham uma opinião que não se enquadre no defendido pela força das armas. Esta hipótese tem, no entanto sido veementemente recusada pelo Primeiro Ministro Gomes Júnior, afirmando que a «Guiné se pode levantar sozinha».Mas o Primeiro Ministro sabe também que os constantes rumores sob a sua pessoa são um verdadeiro sinal de que a sua segurança corre perigo e que o seu regresso pode despoletar acções de subversão e até mesmo atentados contra a sua vida. Estes receios não são uma mera invenção. Efectivas ameaças têm vindo a ser proferidas em público, a começar pelo próprio António Indjai, no dia 01 de Abril, por deputados e responsáveis do PRS, por alguns militares de segunda linha e até por deputados do PAIGC afectos ao reduzido grupo «anti-Cadogo» e com ligações ao narcotráfico. A ocorrer uma tentativa de atentado, tal poderia ser a gota de água que precipitaria a intervenção militar internacional.Este Governo do PAIGC conquistou, com provas dadas, a comunidade internacional, pelo que esta observa com desagrado as estratégias mal camufladas para promover o seu afastamento. Se as ameaças dos jornais e blogs, que procuram levar o Primeiro Ministro a não regressar, não parecem surtir efeito, elas parecem demonstrar uma situação de subordinação, pela coação das armas, do poder político ao militar, com o alto patrocínio do Presidente da República. Nenhuma das duas será aceite pela Comunidade Internacional.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

terça-feira, 1 de junho de 2010

Este e o vidio do musico de nova geraÇao DU DAS MAGUAS
Bissau, 01 jun (Lusa) – O Partido da Renovação Social (PRS), do ex-presidente da Guiné-Bissau Kumba Ialá, instou hoje o chefe de Estado guineense, Malam Bacai Sanhá, a revelar os nomes dos políticos envolvidos nos assassínios de ‘Nino’ Vieira e Tagmé Na Waié.
“O PRS exorta mais uma vez o Presidente da República a ter a coragem de transmitir por canais apropriados às autoridades judiciais, os nomes de políticos cúmplices no duplo assassínio de figuras emblemáticas do nosso Estado”, lê-se num comunidade de imprensa da formação líder da oposição guineense.
Em entrevista à revista “Jeune Afrique”, o Presidente da Guiné-Bissau disse que “personalidades políticas estiveram envolvidas nos assassínios” do antigo chefe de Estado, João Bernardo ‘Nino’ Vieira e do ex-chefe das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, nos dias 01 e 02 de março de 2009.
Para o PRS, as afirmações de Malam Bacai Sanhá “são no mínimo estranhas”, não só por terem sido produzidas no estrangeiro, como também necessitam de um esclarecimento urgente por parte do Presidente guineense.
“Com esta forma hesitante de gerir o país, não se admira que apareçam vozes que de forma indigna profiram declarações inaceitáveis e grosseiras em clara ingerência nos assuntos internos do Estado guineense”, diz ainda o comunicado do PRS.

Bissau, 01 Jun (Lusa) – O poeta guineense Tony Tcheka considerou hoje que o Prémio Camões 2010, atribuído segunda-feira ao poeta e dramaturgo brasileiro Ferreira Gullar, “está muito bem entregue”.
“O prémio está muito bem entregue”, afirmou à agência Lusa Tony Tcheka.
O poeta guineense sublinhou que o trabalho de Ferreira Gullar “contribui para o enriquecimento da língua de Camões”.
O Prémio Camões foi criado por Portugal e pelo Brasil em 1989 e é o maior prémio de prestígio da língua portuguesa. O objetivo é distinguir um escritor cuja obra contribua para a projeção e o reconhecimento da língua portuguesa.
No ano passado, foi galardoado o escritor cabo-verdiano Arménio Vieira, e nos anos anteriores o brasileiro João Ubaldo Ribeiro (2008) e o português António Lobo Antunes (2007)
O primeiro escritor galardoado, em 1989, foi o poeta português Miguel Torga (1907-1995).




Bissau, 31 mai (Lusa) – O Movimento da Sociedade Civil da Guiné-Bissau reuniu-se hoje com o número dois das Forças Armadas do país, António Indjai, para perceber as movimentações militares registadas durante o fim-de-semana e que assustaram a população do país.
“Disse-nos que são operações de rotina devido à ausência do país do Presidente e do primeiro-ministro e também porque ainda não foi nomeado um Chefe de Estado-Maior”, afirmou Mamadu Queitá, porta-voz daquela organização.
Durante o fim-de-semana, registaram-se em todo o território da Guiné-Bissau movimentações de efetivos militares e em algumas zonas do país soldados revistaram mesmo os passageiros e as respetivas viaturas.
A presença de militares nas ruas, motivou situações de pânico sobretudo em Bissau, onde a presença de pessoas nos habituais locais de concentração era praticamente inexistente.
O Presidente guineense Malam Bacai Sanhá encontra-se em Nice, França, a participar na cimeira França/África.
O primeiro ministro, Carlos Gomes Júnior, está em Portugal em convalescença depois de ter sido submetido a um tratamento médico em Cuba.
No passado 01 de abril, a Guiné-Bissau voltou a viver momentos de instabilidade na sequência de uma intervenção militar que culminou com a deposição e detenção de Zamora Induta, que estava na chefia das Forças Armadas do país.