Primeiro-Ministro deverá visitar a China em Setembro para aumentar a cooperação
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, deverá visitar a China no próximo mês de Setembro para reforçar a cooperação entre Bissau e Pequim, anunciou hoje o chefe do executivo guineense aos jornalistas. Carlos Gomes Júnior fez este anúncio no âmbito de uma série de visitas realizadas a várias unidades hospitalares da capital guineense, nomeadamente ao novo Hospital Militar em construção pela cooperação chinesa no bairro de Brá. O Hospital Militar, que terá todas as valências médicas, deverá ser inaugurado no próximo mês de Julho, declarou o primeiro-ministro. Carlos Gomes Júnior voltou a agradecer os apoios que a China tem dado à Guiné-Bissau “praticamente em todas as vertentes”. Em relação aos hospitais visitados, o primeiro-ministro guineense prometeu uma melhoria substancial das condições de atendimento aos doentes, nomeadamente ao nível dos serviços da pediatria do Hospital Simão Mendes (hospital de referencia), onde crianças são internadas em condições difíceis. Há situações em que duas ou três crianças ocupam a mesma cama. O chefe do governo de Bissau visitou também as instalações do Hospital Raoul Follerou (tratamento de doentes de SIDA e tuberculose), Hospital 3 de Agosto (laboratório de saúde pública) e antigas instalações do centro de tratamento de doentes mentais e de prótese (danificadas pela guerra civil de 1998/99). Carlos Gomes Júnior disse que as obras de reabilitação dos dois centros serão iniciadas “muito brevemente”.
segunda-feira, 21 de junho de 2010

Internacional Socialista devia ter condenado tentativa de golpe de Estado
Nova Iorque - A Internacional Socialista (IS) devia ter condenado a tentativa de golpe de Estado de 1 de Abril na Guiné-Bissau, cujo Governo é liderado por um partido membro daquela organização, defendeu hoje(segunda-feira), em Nova Iorque o Secretário Internacional do Partido Socialista Português.
José Lello que intervinha perante o Conselho da IS, reunido durante dois dias em Nova Iorque, disse, designadamente, que "a tentativa de golpe partiu de alguns militares influentes com ligações reconhecidas ao narcotráfico".
"É por isso que peço à Internacional Socialista que esteja atenta ao desenrolar dos acontecimentos e para intervir caso seja necessário", acrescentou.
O Governo guineense é liderado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Na sua intervenção, José Lello requereu a aprovação de uma "declaração de apoio" à Guiné-Bissau, "apelando ao regresso pleno à normalidade democrática" e para que o Primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e o Presidente Malam Bacai Sanhá "possam exercer sem quaisquer constrangimentos os seus poderes constitucionais, bem como à libertação das personalidades do Estado que foram presas".
"Devemos também apoiar a continuação do combate determinado ao narcotráfico, a reforma urgente do sector da defesa e da segurança e a continuação do apoio e do enquadramento da comunidade internacional à Guiné-Bissau. Fazendo este apelo, estaremos a cumprir a nossa missão", concluiu.
A Guiné-Bissau voltou a viver momentos de instabilidade no passado dia 1 de Abril, devido a uma intervenção militar que culminou com a deposição e detenção do almirante Zamora Induta, chefe das Forças Armadas.
O Primeiro-ministro guineense também foi detido, mas acabou por ser libertado horas mais tarde.
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