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quarta-feira, 28 de julho de 2010

PR Sanhá nega que ONU tenha exigido libertação de Zamora Induta
O Presidente guineense negou que o Conselho de Segurança da ONU tenha exigido a libertação imediata do ex-chefe das Forças Armadas Zamora Induta, mas admitiu que aquele órgão recomenda a libertação de todos os detidos nas crises dos últimos anos.
Em declarações à imprensa à sua chegada à Guiné-Bissau, de regresso das cimeiras da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da União Africana, Malam Bacai Sanhá afirmou que no documento que tem na sua posse em nenhum momento o Conselho de Segurança exigiu a libertação de Zamora Induta e acusou os jornalistas de deturparem a informação.
"Vocês, os jornalistas, deviam ajudar o país, o relatório que nós temos não diz libertação imediata de ninguém", disse o chefe de Estado guineense.
Malam Bacai Sanhá admitiu, contudo, que o relatório recomenda a libertação de todos os detidos de várias situações de crises vividas no país nos últimos anos ou a sua presença na justiça, o que para o Presidente guineense não é a mesma coisa que a imprensa diz.
"Pediram a libertação de todos os detidos, não é só os do caso 01 de Abril, também falaram dos detidos do caso 02 de Março e estes até têm lá um general e uma senhora que estão detidos há muito tempo", afirmou Bacai Sanhá, referindo-se às pessoas detidos na sequência dos assassínios do Presidente "Nino" Vieira e do ex-chefe das Forças Armadas, Tagmé Na Waié.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas apelou na passada sexta feira ao Governo da Guiné-Bissau para que o ex-chefe de Estado-maior das Forças Armadas detido em Abril, Zamora Induta, seja "imediatamente" libertado ou entregue à Justiça.
O apelo consta de uma declaração da presidência nigeriana do Conselho de Segurança, que é omissa quanto a António Indjai, apelando apenas "às forças de segurança, em particular aos militares, para que honrem os seus compromissos de obediência ao controlo civil".
Sobre a sua decisão em relação aos detidos, o chefe de Estado guineense voltou a sublinhar que não lhe compete decidir o que quer que seja, cabendo a última palavra aos órgãos judiciais do país.
Bacai Sanhá considerou que a comunidade internacional já começou a compreender os motivos pelos quais as autoridades de Bissau nomearam o general António Indjai para a chefia das Forças Armadas.
De acordo com o Presidente guineense, prova disso, é a visita ao país em breve do presidente da comissão da União Africana, Jean Ping, e de outros responsáveis internacionais.
Para o Presidente guineense, a situação da Guiné-Bissau "não é a mais grave em África", por isso, sublinhou, vários países e organizações manifestaram a sua disponibilidade de "não virar as coisas ao país".
Instado a comentar o teor da sua conversa com o seu homólogo angolano à margem da cimeira da UA, em Campala, Uganda, o Presidente guineense disse que não se encontrou apenas com José Eduardo dos Santos, mas sim com diversos chefes de Estado.

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