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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Lula da Silva e Malam Bacai Sanhá discutem missão de estabilização participação do Brasil numa
missão de estabilização na Guiné-Bissau domina a reunião hoje em Brasília entre os presidentes Lula da Silva e Malam Bacai Sanhá,
um encontro precedido de intenções da chefia militar guineense em passar à reserva mediante condições de sobrevivência. Segundo fontes diplomáticas de países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), o novo chefe do Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, concorda que, caso se faça uma reforma de defesa e segurança, condigna e haja condições adequadas de sobrevivência aos militares, ele e os seus companheiros aceitariam ir para a reserva. Segundo as mesmas fontes, Indjai assinalou ainda a interlocutores da CPLP e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que a missão de estabilização na Guiné-Bissau seria formada, na maioria, por contingentes de países da CPLP, e comandada pelo país a enviar o maior efectivo. Indjai tem-se manifestado contrário ao envio de forças externas para o país, mas disse publicamente que os militares terão que aceitá-la, por serem subordinados às decisões dos políticos. O Brasil já manifestou a sua disposição em participar numa possível missão de estabilização, mas ficou acordado nas reuniões mantidas este mês entre a CPLP, a CEDEAO e as autoridades guineenses que isto só ocorrerá mediante pedido expresso da Guiné-Bissau. Segundo fontes diplomáticas de países da CPLP, Malam Bacai Sanhá garantiu que, assim como o partido do Governo – Partido Africano de Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), as chefias militares do país estão de acordo com o envio de uma missão de estabilização. Há um claro interesse de Angola em assumir a liderança deste processo, admitiram, lembrando que o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, elegeu como uma de suas prioridades na Presidência por dois anos da CPLP uma solução para a instável situação da Guiné-Bissau. A diplomacia brasileira já descartou pressionar Malam Bacai para libertar os militares detidos no dia 1 de Abril, e ainda sem culpa formada, mas admitiu a possibilidade de o Brasil ajudar no andamento de inquéritos e processos que estariam paralisados por dificuldades financeiras. No passado 1 de Abril, a Guiné-Bissau sofreu mais um momento de instabilidade com uma intervenção militar que culminou com a deposição e detenção do chefe das Forças Armadas, almirante Zamora Induta, que continua preso no quartel de Mansoa, sem acusação. Um dos protagonistas desta intervenção militar, António Indjai, é o actual chefe das Forças Armadas. Segundo as fontes ouvidas pela Lusa, CPLP e CEDEAO estão em pleno acordo de que a Guiné-Bissau necessita adquirir um mínimo de estabilidade para que a comunidade internacional possa implementar a reforma do sector de defesa e segurança e a estratégia de redução de pobreza. Cabe agora às autoridades guineenses saber se querem e como querem esta ajuda e, então, formalizarem o pedido de envio de uma missão de estabilização. Malam Bacai Sanhá será recebido pelo Presidente Lula da Silva no Palácio do Itamaraty, onde haverá uma reunião dos dois líderes, seguida de um almoço.

Força militar só no quadro da ONU e UA, diz presidente parlamento angolano -

O presidente do parlamento angolano, Paulo Kassoma, defendeu hoje em Maputo o respeito pela soberania da Guiné-Bissau, afirmando que o envio de uma missão de estabilização para o país deve guiar-se pelas normas da União Africana e da ONU. “Qualquer posição que os nossos países devam assumir no quadro do apoio a outros países deve passar por decisão das organizações internacionais e das organizações regionais”, disse Paulo Kassoma aos jornalistas em Maputo. Paulo Kassoma falava à margem de um encontro com o chefe da bancada parlamentar do MDM, terceiro maior partido político moçambicano, Lutero Simango, no âmbito da visita de trabalho, que iniciou na segunda-feira a Moçambique. “Somos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e os nossos países têm concertado permanentemente, por forma a que a paz e segurança reinem entre os nossos estados e onde cada um pode contribuir no quadro do respeito pela soberania e independência de cada estado”, enfatizou Paulo Kassoma, que foi primeiro-ministro angolano até Fevereiro passado. Na qualidade de presidente da Assembleia Nacional de Angola, Paulo Kassoma referiu que esta instituição “seguirá a política definida pelo Estado angolano”, na matéria sobre o hipotético envio de uma força de paz para a Guiné-Bissau.

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