Powered By Blogger

Acerca de mim

segunda-feira, 28 de junho de 2010


28-06-2010 18:01Guiné-BissauNomeação de António Indjai como CEMGFA foi "legal"
Cidade da Praia - O ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau disse hoje(segunda-feira) em Cabo Verde que a escolha de António Indjai para a chefia das Forças Armadas guineenses foi "legal", uma vez que, defendeu, "cumpriu todas as formalidades da Constituição".
Adelino Mano Queta, antigo embaixador em Lisboa, falava à Rádio Nacional de Cabo Verde (RCV) momentos após chegar à ilha cabo-verdiana do Sal, onde vai participar, na terça e quarta-feira, na reunião extraordinária do Conselho de Ministros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
"As altas chefias militares se reúnem e escolhem entre si as pessoas que pensam possuir todas as condições. O Governo se debruça sobre as propostas apresentadas e submete a escolha ao Presidente da República. Portanto, todos os trâmites constitucionais foram respeitados e foram cumpridas todas as formalidades", afirmou.
O chefe da diplomacia guineense respondia às questões dos jornalistas sobre a escolha de António Indjai para o cargo de Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) da Guiné-Bissau, opção contrária às exigências da comunidade internacional, nomeadamente aos Estados Unidos e à União Europeia (UE).
Para Adelino Mano Queta, cabe à comunidade internacional "entender a realidade do país".

"A comunidade internacional terá de entender as realidades de cada país. Nós temos as nossas realidades próprias e a comunidade internacional, cedo ou tarde, terá de compreender as que estamos a enfrentar. Foi uma escolha feita dentro dos trâmites da nossa Constituição", afirmou.

Os EUA questionaram o poder do Governo no controlo das Forças Armadas, tendo em conta a "permanência em detenção ilegal do Chefe do Estado-maior das Forcas Armadas, o Almirante José Zamora Induta, legalmente nomeado, bem como de outros oficiais e soldados".

"Se o Governo da Guiné-Bissau nomear um novo Chefe do Estado-maior das Forças Armadas, é imperativo que essa pessoa não tenha estado implicada nos acontecimentos de 01 de Abril e que seja alguém que possa reconquistar a confiança da comunidade internacional", refere o documento.
Por seu lado, a União Europeia condicionou a continuação do apoio à libertação de Zamora Induta, à nomeação das chefias militares, e à apresentação à justiça pelos responsáveis pela intervenção militar de 01 de Abril.

Sobre o que espera da Cimeira da CEDEAO, que acontecerá também na ilha do Sal na próxima sexta-feira, Adelino Mano Queta respondeu que a Guiné-Bissau deseja obter apoios "políticos e financeiros" para a reforma, em curso, do sector da defesa e de segurança.

O ministro dos Negócios Estrangeiros guineense observou que a CEDEAO se tem mostrado "sempre solidária" para com a Guiné-Bissau "nos momentos de crise" e que espera "continuar a contar com esse apoio".
"Há uma série de áreas em que a Guiné-Bissau pode esperar o apoio da comunidade internacional. Neste momento, estamos na fase da reforma do sector da defesa e segurança e esperamos que haja possibilidade de apoio neste domínio. Também temos em vista a preparação de uma mesa redonda para angariação de fundos", concluiu.

Sem comentários:

Enviar um comentário