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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Portugal "partilha as preocupações" do SG da ONU

Nova Iorque - Portugal "partilha as preocupações" expressas pelo secretário geral das Nações Unidas ao Conselho de Segurança sobre a Guiné-Bissau, afirmou hoje(quinta-feira) à Lusa o secretário de Estado da Cooperação, João Gomes Cravinho.



O último relatório de Ban Ki-moon sobre a situação no país refere que a intervenção militar de Abril na Guiné-Bissau pode ter "mão" do narcotráfico, e manifesta apreensão quanto à segurança dos governantes e à continuação das reformas do aparelho militar. ~



Para Gomes Cravinho, as interferências do narcotráfico têm de ser uma fonte de preocupação para "qualquer pessoa que conhece a Guiné-Bissau".

"A reforma do setor de segurança e o combate ao narcotráfico são elementos essenciais para a estabilização no país", disse à Lusa o secretário de Estado, falando à margem de uma reunião de alto nível do Conselho Económico e Social das Nações Unidas, em Nova Iorque.

As observações do secretário geral da ONU marcam uma viragem em relação ao último relatório, de Março, que elogiava os esforços dos governantes guineenses para melhorar o ambiente político e a gestão económica.



Face a estas melhorias, apelava à generosidade da comunidade internacional para financiar a reforma do aparelho de segurança, que pode agora estar em causa.

Os acontecimentos de 01 de Abril "foram um sério revés no processo de consolidação da paz e implementação de reformas", refere o secretário geral.



Quanto ao narcotráfico e crime organizado, o secretário geral defende que, sem um combate "robusto", estarão "debilitados" os esforços de reforma do aparelho de segurança.

"Estou profundamente preocupado com os relatos que ligam o tráfico de droga aos eventos de 01 de Abril", afirma.

A intervenção militar, adianta, "mais uma vez demonstrou a vulnerabilidade das instituições do Estado face a tentativas militares para subverter a ordem constitucional".

"Estou preocupado com as débeis condições de segurança para a protecção das instituições do Estado e altos funcionários nacionais", sublinha Ban Ki-moon.


Para lidar com esta "situação crítica", o secretário geral da ONU adianta que vai abordar as autoridades de Bissau e parceiros regionais para encontrar formas de reforçar a segurança destes detentores de cargos públicos.

Este ponto de situação será apresentado em Nova Iorque na próxima semana pelo chefe da missão na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba.




quinta-feira, 1 de julho de 2010

01-07-2010 8:01

Guiné-Bissau/Brasil
Presidente Lula cancela deslocação passagem à Bissau



Brasília - A presidência brasileira informou na quarta-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anulou a sua curta passagem pela Guiné-Bissau, prevista no quadro da sua deslocação a África, mas que o resto do programa se mantém.


"A visita à Guiné-Bissau deveria durar umas horas. Mas o presidente deve se encontrar com os dirigentes de Bissau, no sábado, em Cabo Verde", indicou fonte da presidência.


Lula da Silva chega sábado a Cabo Verde, deslocando-se depois à Guiné-Equatorial, ao Quénia, à Tanzânia, Zâmbia e à África do Sul, onde deverá chegar a 09 de Julho, para assistir à final do campeonato mundial de futebol, no dia 11.




Parlamento aprova lei que fixa idade do casamento a partir dos 18 anos

Bissau - O Parlamento da Guiné-Bissau aprovou quarta-feira a legislação que fixa a idade do casamento a partir dos 18 anos, disse o presidente da comissão especializada para a área social, Malam Djassi.



Segundo Malam Djassi, a legislação, baseada numa norma em vigor nos países da África Ocidental, visa ajudar as instituições vocacionadas no sentido de melhor definirem as políticas em matéria de assistência e planeamento para o desenvolvimento.


O presidente da comissão especializada para a área social do Parlamento guineense destacou que o dispositivo que fixa a idade do casamento está inserido num pacote legislativo sobre a saúde reprodutiva e planeamento familiar.

Malam Djassi frisou, contudo, que a lei só entrará em vigor se for promulgada pelo Presidente da República e publicada em Boletim Oficial (Diário da Republica), o que, disse, irá acontecer proximamente.

Falando da importância da lei, Djassi afirmou que irá ajudar sobretudo as mulheres e no combate a mortalidade infantil na Guiné-Bissau.

"Nota-se uma frequência de gravidez precoce e aborto clandestinos com consequências desastrosas. A elevada taxa de analfabetismo e a fraca escolarização, sobretudo a nível das mulheres, o que contribui para o aumento da mortalidade infantil e maternal", defendeu Malam Djassi.

O deputado afirmou que, com o dispositivo, "as pessoas também passarão a saber que o casamento é livre".

"A lei diz que é livre a partir dos 18 anos, pelo que todos saberão que não pode ser forçado se é livre", esclareceu o presidente da comissão especializada do Parlamento guineense para as questões sociais.



A Igreja Evangélica da Guiné-Bissau tem denunciado casos de meninas entre os 12 e os 16 anos que fogem das suas aldeias, porque os pais as querem obrigar a casar com homens muito mais velhos e que não conhecem.



quarta-feira, 30 de junho de 2010

Lizzie tem de comer de 15 em 15 minutos para manter-se viva

Lizzie Velasquez tem 21 anos, mede 1,57 metros e pesa cerca de 26 quilos. Por dia, faz mais de 60 pequenas refeições altamente calóricas, mas sofre de um síndrome que a impede de ganhar massa gorda. (Ver vídeo no fim do texto)

Mulher come de 1Aos 21 anos a norte-americana Lizzie Velasquez pesa apenas 30 quilos. Não é anoréctica nem tem a mania das dietas. Os alimentos preferidos até são donuts, pizza e batatas fritas. Tem sim uma síndrome rara que não permite ganhar gordura corporal.

De acordo com a BBC esta condição, até hoje não diagnosticada, será partilhada apenas por mais duas pessoas no mundo.

Lizzie tem 0 por cento de gordura corporal, uma aparência frágil e um sistema imunológico mais fraco do que o de uma pessoa comum. No entanto leva uma vida praticamente normal.

«Já visitei vários médicos diferentes durante toda a minha vida e, simplesmente, não há respostas», explica Lizzie, que também é cega de um olho e tem dificuldades de visão no outro.

«Eu como tudo o que quero o dia inteiro e simplesmente não consigo ganhar peso. A síndrome é muito intrigante porque tem características de diferentes síndromes, mas não chega ao ponto em que posso ser diagnosticada com nenhuma delas», lamenta.

Há várias pistas, mas nenhuma confirmada a 100 por cento: «por exemplo, uma delas é a progeria (síndrome da velhice precoce). Eu tenho várias das características físicas das crianças com progeria, como o nariz aquilino, a boca pequena e a pele com aparência envelhecida», acrescentado que «a diferença é que a progeria é uma doença terminal e tem muito mais complicações. Só tenho as características que listei da doença».

Segundo o Daily Telegraph, Lizzie tem que comer a cada 15 minutos e consumir entre 5 mil e 8 mil calorias por dia, na tentativa de manter o peso.

Lizzie Velasquez nasceu um mês antes do previsto, pesava um quilo e teve cuidados intensivos durante seis semanas.

«Ela cabia na palma da minha mão», conta a mãe. «Sabíamos que havia algo errado porque a sua pele era translúcida e conseguíamos ver as veias».

Os médicos disseram que a menina provavelmente não conseguiria andar, gatinhar, falar ou até pensar. Mas a verdade é que os órgãos desenvolveram-se normalmente e Lizzie seguiu uma vida normal, apesar de algumas cirurgias e dos olhares curiosos.

Hoje estuda na universidade e dá palestras onde fala sobre bullying, aparência física e sonhos.

«Se eu consegui chegar até aqui com minha aparência, todos conseguem», diz.

Veja a história de Lizzie: 5 em 15 minutos mas não passa dos 30 quilos

Secretário Geral ONU frisa importância vital da reforma do sector da segurança



O gabinete do secretário geral das Nações Unidas reagiu hoje à nomeação de António Indjai como líder das Forças Armadas guineenses manifestando disposição para “colaborar”, mas frisando a importância “vital” da reforma do sector de segurança no país.


“O nosso objectivo é assegurar a colaboração de todas as partes interessadas, incluindo a liderança militar, no esforço continuado da nossa missão de consolidação de paz, que tem como caraterística central a introdução de reformas vitais no sector de segurança”, refere o gabinete do porta-voz do secretário geral da ONU em nota enviada à Imprensa em Nova Iorque.

Esta foi a primeira reacção oficial da ONU à escolha de Indjai, que veio contrariar a pretensão da Comissão para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, encabeçada pela missão do Brasil junto das Nações Unidas.

Esta defendia a nomeação de alguém que não tivesse qualquer ligação à tentativa de golpe de 1 de Abril e pedia um tratamento justo para o ex-chefe de Estado Maior, Zamora Induta.

Na nota, o gabinete do secretário geral sublinha que “toma nota” da nomeação e adianta que o representante especial na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba está actualmente em consultas sobre os próximos passos a dar.

“Particularmente [em consultas] no que diz respeito à reforma do sector de segurança, lidar com a impunidade, restaurar o respeito pela lei e fortalecer a governação democrática”, refere o gabinete de Ban Ki-moon.

Até quarta-feira será apresentado o relatório do secretário geral ao Conselho de Segurança sobre a Guiné-Bissau, que será apresentado na próxima semana em Nova Iorque pelo chefe da Missão Integrada em Bissau, Joseph Mutaboba.

Depois da tentativa de golpe de Abril, a nomeação de Indjai torna ainda mais difícil a realização da reunião internacional de alto nível para a reforma do sector de segurança na Guiné-Bissau, segundo admitem fontes da Comissão.

Nos próximos dias terá lugar em Nova Iorque uma reunião dos embaixadores dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa junto das Nações Unidas, e admite-se ainda que venha a ser convocada uma reunião de emergência da Comissão.

A nomeação de António Indjai como líder das Forças Armadas da Guiné-Bissau surpreendeu elementos da Comissão para a Consolidação da Paz, e veio levantar dúvidas sobre a independência do governo face ao poder militar.

A Comissão escreveu ao ministro dos Negócios Estrangeiros guineense duas semanas depois da tentativa de golpe de 1 de Abril, pedindo que o novo chefe de Estado maior fosse alguém que não estivesse ligado à sublevação, mas Indjai foi dos principais actores da mesma.

A carta, em que apelava ainda ao governo guineense para que fosse dado um tratamento justo ao ex-chefe de Estado, o detido Zamora Induta, mereceu uma resposta de Bissau considerada “positiva” pela Comissão, em que inclusivamente era pedida a continuação do apoio à estabilização do país.

Bissau - O novo chefe do estado-maior, o general António Indjai, foi investido hoje (terça-feira), numa cerimónia que contou com a ausência de diplomatas ocidentais ou representantes da comunidade internacional, noticiou a AFP.


Na cerimónia apenas o embaixador do Senegal e o representante da Comunidade económica dos Estados da África do oeste (Cedeao) estiveram presentes, segundo a AFP.


"Tomamos a decisão de maneira soberana de nomear o general Indjai a frente do exército, porque a Guiné-Bissau é um país soberano", declarou o presidente Malam Bacai Sanhá . " Falo como presidente democraticamente eleito" (em Julho de 2009), acrescentou, respondendo indirectamente aos que se opõem a esta nomeação.


Dirigindo-se ao novo chefe do estado-maior , o presidente Bacai Sanhá recomendou-o a "privilegiar o diálogo para resolver os problemas nas casernas".


O presidente Sanhá acrescentou: " é preciso que o exército respeite o poder político e a ele se submeta".